terça-feira, 29 de maio de 2018

5 Dicas Para Captar Recursos e Conquistar Apoiadores

A despeito da crise econômica tem bastante dinheiro sobrando para doação no Brasil. Mesmo assim, as organizações sociais encontram dificuldade de se manter com sustentabilidade. Apesar de precisar de dinheiro para sobreviver, a maioria das instituições não dispõe de uma área de captação de recursos. E, quando ela existe, funciona de forma amadora. É mais ou menos assim: o Joãozinho busca a doação de arroz, paga as contas, troca a lâmpada e, quando surge uma oportunidade de conversar com uma empresa ou um milionário para captar recursos, bota aquela camisa social bonita e vai.
Bom, alguém precisa falar o óbvio: para ganhar a atenção de doadores em potencial é fundamental que as instituições apresentem um projeto bem planejado, que demonstre o poder de transformação social de seu trabalho. Não há mais espaço para o improviso. Além disso, paixão pela causa, sensibilidade, entusiasmo, persistência e criatividade são essenciais nessa tarefa.
Vai encarar a missão? Então, confira cinco dicas simples para não fazer feio:
Estude as empresas com quem você vai falar

Antes de mais nada, é preciso fazer uma pesquisa sobre potenciais doadores, respeitando critérios como a identificação com a causa que você defende, a disponibilidade de recursos (quem não tem recursos não pode patrocinar) e os objetivos da empresa. Assim como numa entrevista de emprego, é obrigatório fazer a lição de casa e estudar a organização. Use e abuse da internet para descobrir tudo sobre ela – a história, o que faz, qual o tamanho, se é nacional ou não, como está em relação à concorrência etc. Conhecendo os interesses do potencial doador, fica mais fácil descobrir o que o motiva e por que ele se engajaria na sua causa.
Tenha um bom material de apresentação

Tenha relatos reais para compartilhar. Uma entidade que se limita às estatísticas não consegue realmente demonstrar a dimensão de seu trabalho. Existem milhares de ONGs ativas no Brasil hoje, mas a sua história é só sua. Por que, então, eles devem contribuir com você, e não com a outra?
Por outro lado, um dos maiores motivos para muitas pessoas não doarem é a falta de confiança nas instituições. Tome à frente e disponibilize planilhas e textos explicativos de prestação de contas e mostre para o doador onde o dinheiro dele está sendo – ou será – aplicado. Isso faz total diferença para mostrar sua credibilidade.
O material de apresentação deve incluir o básico do básico: um cartão de apresentação do captador de recursos.
Tenha orçamentos do projeto que quer realizar

Não vale chegar com o sonho dourado de construir uma sede nova, mas sequer ter ideia de quanto isso custaria. Não vale dizer: “Doe quanto puder dar”. Um plano de captação de recursos deve incluir informações detalhadas de valores. Você precisa saber de quanto sua organização social necessita para continuar ativa ou para realizar projetos específicos, como a tal construção da nova sede, reforma ou a compra de um equipamento. É essencial incluir a previsão de todas as despesas que deverão ocorrer durante um período determinado de tempo.
Vá captar recursos antes de ficar no vermelho

Então, quando não sobrou dinheiro nem para pagar a luz, a instituição decide que é hora de captar recursos. Pois fique sabendo: não espere conseguir patrocínio do dia para noite. Essa é uma atividade de médio a longo prazo. Um profissional de verdade dessa área não faz promessas, mas garante trabalho sério, dedicação, relatórios. Mesmo respeitando todos os processos, vai ouvir alguns “nãos”. Se você precisa captar para amanhã, deveria ter começado uns seis meses atrás.
Conheça bem o setor e construa uma rede de relacionamento

Um ponto de preocupação é a falta das redes necessárias para construir relacionamentos com os principais atores locais e potenciais apoiadores. Portanto, trate de conhecer bem o universo no qual atua, incluindo as iniciativas sociais com propostas semelhantes às da sua instituição.
Fonte: Instituto Phi

sexta-feira, 18 de maio de 2018

Súmula 612 STJ – CEBAS


O certificado de entidade beneficente de assistência social (CEBAS), no prazo de sua validade, possui natureza declaratória para fins tributários, retroagindo seus efeitos à data em que demonstrado o cumprimento dos requisitos estabelecidos por lei complementar para a fruição da imunidade.

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terça-feira, 8 de maio de 2018

Conheça os Números das Doações no Brasil


O Terceiro Setor, que compreende as Organizações sem fins econômicos é carente de dados sobre de sua autuação e abrangência, e com relação aos números das doações no Brasil os dados são ainda mais escassos.

Mas nem tudo está perdido o GIFE (Grupo de Institutos Fundações e Empresas) que também é uma organização sem fins lu­crativo e referência em nosso país em investimento social privado, realizou o Censo GIFE 2016, que teve a participação de 90% de sua base associativa no momento da pesquisa, contemplando 116 organizações respondentes que retrata as principais características tendências na prática dos maiores investidores sociais privados brasileiros.

Ainda que não tenha sido contemplado o universo total de investidores sociais brasileiros, o Censo GIFE abarca uma quantidade expressiva dessas entidades e tem alcançado nas últimas edições uma amostra mais re­presentativa do universo dos seus associados, permitindo construir uma melhor compreensão desse campo.

Em um excelente artigo as doutoras Mariana Levy Piza Fontes Aline Viotto, com base no Censo GIFE, nos trazem relevantes informações e dados os quais passamos a compartilhar com o leitor.

Como advogado atuante junto as Organizações sem fins econômicos concordo com as colegas quando assim afirmam:

“Ao contrário, nas últimas décadas, as organizações têm experimen­tado ameaças à sua sustentabilidade. Essas ameaças decorrem, ao mesmo tempo, da baixa capacidade de geração de recursos próprios e da fragilidade dos mecanismos de financiamento existentes”.
“Esse contexto é particularmente impactado pela redução dos finan­ciamentos internacionais, pela escassez de recursos privados e pela dificuldade de acesso e burocratização dos recursos públicos, que são voltados, sobretudo, à prestação de serviços e não ao desenvolvimento institucional nem ao fortalecimento da autonomia das organizações”.

A principal fonte de recursos de financiamento da ONGs (OSCs), são os recursos privado, sendo apresentado que conforme o Censo GIFE a procedência dos recursos são:
  • ·         Empresas (46%), sendo 26% de doações de empresas mantenedoras para seus institutos e fundações;
  • ·      20% de recursos próprios das empresas empregados em seus projetos de investimento social.
  • ·         Em segundo lugar estão os ren­dimentos de fundos patrimoniais (28%).

Outro dado relevante é que tão somente 6% (seis por cento) total do investimento tem origem de recursos do poder público federal, estadual e /ou municipal.

Tal informação é de grande relevância e ao mesmo tempo um alerta as ONGs (OSCs), o investimento público é bem menor do que se pensava, e, portanto, será cada vez mais disputado, ficando o alerta para que as ONGs (OSCs) busquem outras fontes de recursos, e que diversifique suas fontes só assim terão a sua efetiva Sustentabilidade.

Outros números apresentados:

Recursos doados para terceiros sobre o montante total investido pelos associados:
·         29% em 2011;
·         25% em 2014;
·         21% em 2016.

Em valores absolutos de doações, em:
  • ·         2014 foram destinados aproximadamente R$ 895 milhões (incluindo recursos com incentivos fiscais);
  • ·       2016 foram doados cerca de R$ 595 milhões (incluindo recursos com incentivos fiscais).

Foi ainda apontado que as fundações americanas doaram R$ 151 milhões a Orga­nizações da sociedade civil no Brasil

Questionados os associados da GIFE sobre qual seria as tendências de apoio as OSC, incluindo apoio técnico e doação, para os próximos 5 anos as respostas foram as seguintes:

  • ·         39% indi­caram que não haverá uma variação significativa
  • ·         7% apontam para uma possível diminuição do apoio.
  • ·         39% delas planejam aumentar o apoio nos próximos anos.

Foram identificados como limites regulatórios quanto a doação de pessoa física e a sustentabilidade econômica da OSCs:
  •  Falta de incentivos fiscais para doação de pessoas físicas (26%)
  •  Falta de incentivos fiscais para doação de pessoas físicas desti­nada ao desenvolvimento institucional das organizações da sociedade civil (22%)

  • Desconhecimento e dificuldades de utilização dos incen­tivos fiscais atualmente existentes (13%).

O principal entrave identificado pelo Censo GIFE está relacionado à ausência de critérios uniformes para o reconheci­mento das isenções e das imunidades tributárias das OSCs no Brasil.

Com relação atuação das ONGs (OSCs), que as mesmas são de fundamental importância para a sociedade como um todo não há o que se discutir, contudo a busca pela sua perenidade passa pela sua efetiva Sustentabilidade, a qual exige dos dirigentes um planejamento de ações que diversifiquem a suas fontes de renda.

É sabido que grande parte da ONGs (OSCs), tem como sua principal fonte de renda o poder público federal, estadual ou municipal, e como aqui ficou constatado tais recursos representam apenas 6% (seis por cento) total do investimento fica o alerta a busca pela diversidade de recursos é Vital.

Como diz o Ditado Popular:

“Não se deve colocar todos ovos em uma única cesta”.

 Fonte: Censo GIFE 2016.

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